Se você está planejando uma viagem de carro pela Sicília, este roteiro de 12 dias passa por praias, cidades históricas e dicas de onde ficar!
Já pensou em fazer uma road trip pela Sicília? Passei 12 dias explorando essa ilha cheia de charme, calorão de derreter e, claro, muita granita para refrescar a alma. Vem comigo nessa aventura de tirar o fôlego — ou pelo menos de suar bastante!
Dia 1 — Roteiro Sicília: Taormina, teatro romano e granita no BamBar
Depois de uma semana intensa na Calábria, com 40 graus na sombra e aquele caos familiar que só italiano sabe entregar (descubra aqui Tropea e outras praias da Calábria!), peguei o carro e o traghetto (balsa / ferry) em Reggio Calabria rumo à Sicília.
Dica: compre o bilhete para o traghetto pelo site ou app, porque chegando em Reggio é bem difícil de achar onde comprar. Paguei 42€ pelo trajeto apenas de ida.
Minha primeira parada foi Taormina, uma cidade cheia de charme com suas ruelas estreitas e a vista deslumbrante do teatro romano. Infelizmente não consegui ver o Etna já que o vulcão estava tímido e escondido atrás das nuvens (vulcões são sensíveis, vai entender! rs).
Fui visitar o Teatro Romano no fim do dia, para fugir do calor e das multidões. A visita não é muito demorada (1 hora é suficiente), não tem tanto para ver lá dentro além de admirar a incrível vista! É sempre bom reservar com antecedência, principalmente durante a alta temporada. Você pode comprar seu ingresso sem fila aqui.
Dica importante para quem quer curtir um roteiro pela Sicília completo: não deixe de provar a granita com brioche no BamBar — parece estranho, mas funciona e é a melhor forma de se refrescar no calor siciliano!
A granita com brioche é o café da manhã típico da Sicília, mas nada impede de você experimentar a hora que quiser. Inclusive, ir no fim do dia ou à noite é a melhor maneira de não pegar fila no Bambar!
Nesta noite, jantei uma pizza no La Romana, que era bem perto do meu hotel.
Onde ficar em Taormina
Me hospedei no Hotel Condor, uma opção charmosa em Taormina com vista incrível e super bem localizado, dava para ir a pé para todo lado!
Dia 2 — Isola Bella, snorkel e estrada para Agrigento
De manhã, peguei o teleférico para Isola Bella (10€ ida e volta), uma ilhota de águas cristalinas perfeita para snorkel. Depois que você sai do teleférico, vai ter que andar um pouco e descer escadas para chegar na praia. Na areia, você encontra vários lidos onde pode passar o dia relaxando.
para chegar até a ilhota em si, você cruza pelo mar com água nos tornozelos e ali tem pedras e um pedaço de areia onde é possível colocar sua toalha sem pagar. Se quiser entrar na ilha em si, tem que pagar, já que é uma reserva natural. Eu coloquei minha canga nas pedras e fui direto para mar fazer snorkeling!
Se preferir, pode pegar tours e passeios de barco para explorar a região, veja aqui algumas opções.
Depois de passar a manhã em Isola Bella, já a caminho de Agrigento, parei em Giarre para tentar avistar o Etna novamente. Sem sucesso, mas tudo bem, a granita mais uma vez salvou o dia! Cheguei em Agrigento à noite, cansada e pronta para me deliciar com uma boa pasta e uma cerveja local.
Dia 3 — Agrigento: Vale dos Templos e centro histórico
De manhã, fiz uma caminhada pelo centro histórico de Agrigento, que é fofinho, mas não tem nada de muito especial. Almocei no La Prosciutteria e voltei para o hotel para fazer a tradicional siesta italiana para escapar do calor.
No fim do dia, fui visitar o impressionante Vale dos Templos, um dos pontos turísticos mais importantes da Sicília. Eu estava super ansiosa para este passeio e não me decepcionei: ruínas gregas gigantes e incríveis!
São vários templos gregos, super bem conservados, espalhados por aproximadamente 2km que você faz tranquilamente a pé. Eu ainda dei sorte e vi um fenômeno super raro: uma nuvem arco-íris que parecia um filtro psicodélico natural no céu. Surreal!
Dica: durante o verão, o Vale dos Templos fica aberto até tarde. Visite no fim do dia para escapar do calor, das multidões e ainda ver o incrível por do sol de lá! Reserve seu ingresso aqui.
Onde se hospedar em Agrigento
Minha base em Agrigento foi o Hotel Del Vialle, simples mas bem localizado e com uma equipe incrível e super prestativa: até nos levaram de carro para percorrer o centro histórico!
Dia 4 — Scala dei Turchi e San Vito lo Capo
De manhã, conheci a famosa Scala dei Turchi, uma montanha de calcário branca que parece cenário de filme. Confesso que achei menor do que imaginava e também achei um abuso que cobram para você subir na montanha. Os ingressos são super limitados e devem ser comprados com antecedência aqui.
De qualquer maneira, o lugar é bonito e vale pelo menos uma passada para admirar a montanha de longe! Você também pode ver a Scala dei Turchi através de passeio de barco, caiaque, SUP, descubra aqui as opções!
Passei o resto do dia curtindo a praia ali perto, no Lido Majata, entregando-me ao verdadeiro dolce far niente.
No fim do dia, peguei a estrada para San Vito lo Capo onde terminei o dia tomando um Lemon Spritz na minha vila particular!
Onde ficar em San Vito lo Capo
Fiquei no maravilhoso resort Villa Charme Oasi Paradiso, uma vila privada com piscina, jacuzzi e vista espetacular das montanhas. Foi uma das experiências mais especiais da viagem e super recomendo!
Dias 5 e 6 — Relaxando em San Vito lo Capo e praias da Sicília
Tirei um dia para descansar, trabalhar um pouco e curtir a piscina da vila. No fim da tarde, dei um mergulho na praia de San Vito lo Capo e fechei o dia com a minha inseparável granita — dieta siciliana que segue firme!
No dia seguinte, fui até a baía de Santa Margherita onde um trenzinho leva a várias praias pequenas, a maioria de pedra. Passei o dia na Spiaggia di Macari, a única com areia e com estrutura paga (lido). O estacionamento e o trem para as praias são grátis.
Dia 7 — Passeio de barco na Reserva dello Zingaro e Scopello
Mais um dia no paraíso! Fiz um passeio de barco a bordo do Regina del Sud pela Reserva Natural dello Zingaro e Scopello. Durante o dia, fizemos três paradas para mergulho e ainda tivemos almoço a bordo completo, com entrada, prato principal, vinho e até sobremesa!
Um dia muito bem passado e uma das melhores maneiras de explorar a região, já que muitas das praias só são acessíveis por trilha ou até mesmo fechadas para visitas. Reserve seu passeio de barco clicando aqui.
Dia 8 — Castellammare del Golfo e chegada a Cefalù
Continuando a minha viagem de carro pela Sicília, passei rapidinho por Castellammare del Golfo para um café e segui para Cefalù. Confesso que, depois de San Vito lo Capo, Cefalù me decepcionou um pouco: a cidade estava lotada e quente demais. Mas a charmosa catedral, o lavatório medieval e as ruelas fofas compensam a visita.
Hospedagem em Cefalù
Em Cefalù fiquei no Borgo Marino Suite B&B, simples mas bem aconchegante e com estacionamento gratuito.
Dia 9 — Praia em Cefalù e dia de descanso
Tentei visitar uma praia perto de Cefalù (Spiaggia Kalura), mas estava praticamente fechada para visitantes — tudo reservado para hotéis e resorts. Acabei ficando na praia da vila mesmo, curtindo um dia de relax e fazendo muitos nadas (já que o calor também não permitia fazer muita coisa…).
Dia 10 — Mondello e chegada em Palermo
Cheguei em Mondello, a praia de Palermo, para almoçar e dar um mergulho. A praia é linda, mas lotada! A maior parte da areia é tomada pelos lidos, sobrando pouco para colcoar a toalha sem pagar. Eu optei por ficar em um restaurante para comer algo rápido, dar um mergulho e não ter que pagar pela cadeira e guarda sol em algum lido, já que nem pretendia passar o dia inteiro ali mesmo.
Deixei as malas no hotel e aproveitei a noite para passear pelo charmoso (e lotado) centro histórico de Palermo.
Hotel em Palermo
Minha hospedagem em Palermo foi no elegante Hotel Plaza Ópera, perfeito para quem busca conforto e localização central.
Dias 11 e 12 — Explorando Palermo e Monreale
Meu primeiro dia em Palermo começou com uma bela surpresa: descobri que tenho uma rua com meu nome por lá! A via Monteleone não tem nada demais, só passei ali para fazer graça mesmo! rs
Seguindo uma rota turística mais tradicional, caminhei pelo centro histórico, visitei a catedral de Palermo, e depois do almoço fiz minha sagrada siesta no hotel. Jantei pertinho do hotel, curtindo o clima relax.
Comecei o dia seguinte explorando o Mercado Ballarò, que falam muito, mas entregou nada: achei pequeno, extremamente sujo e sem nada de especial. É um mercado de rua comum, como tantos outros da Itália e do mundo…
Segui para o Palazzo dei Normanni onde fica a impressionante Capela Palatina. Almocei na Trattoria no zu e de sobremesa, fui até I Segreti de. Chiostro, o cannolo mais famoso da Sicília. A fama faz todo sentido: foi o melhor cannolo da vida (e eu nem gosto de cannolo)!
Terminei o dia jantando na Marina de Palermo, assistindo ao show de luzes da fonte que acontece a cada hora.
No dia seguinte, antes de pegar o voo de volta para Lisboa, fiz uma parada em Monreale para visitar a impressionante catedral normanda — o fechamento perfeito para essa road trip inesquecível!
Dicas essenciais para quem quer fazer uma road trip pela Sicília
- Documentos: verifique se sua carteira de motorista é válida na Itália e se precisa da Permissão Internacional para Dirigir (PID). Brasileiros precisam da PID!
- Estacionamento: só pare em áreas permitidas, senão as multas chegam rapidinho.
- Trânsito: os italianos dirigem como se estivessem fugindo da máfia! rs Limite de velocidade? não existe para eles. Ultrapassar em segurança? Eles nunca ouviram falar. Tenha paciência, vá no seu ritmo e mantenha a calma.
- Clima: prepare-se para o calor intenso, especialmente em julho e agosto. Protetor solar e garrafinha de água são obrigatórios.
- Siesta: aproveite o costume local para fugir do sol forte e descansar no meio do dia.
- Praias e lidos: a maioria das praias tem lidos (espaços pagos com cadeiras e guarda-sóis). O preço varia entre 15€ e 40€. Para economizar, compre seu próprio kit de praia em uma lojinha e use durante toda a viagem.
Vale a pena fazer uma road trip na Sicília?
Dirigir pela Sicília pode ser caótico e desafiador — trânsito confuso, estradas estreitas e calor intenso. Mas é também a única forma de explorar praias escondidas, vilas históricas e provar cada delícia local no seu tempo. No fim, a aventura compensa e vira uma viagem inesquecível!
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FAQ — dúvidas mais comuns sobre road trip na Sicília
Não precisa, mas é a forma mais fácil e confortável de explorar a ilha no seu ritmo. Transporte público existe, mas é limitado e pouco prático para os principais pontos turísticos.
As estradas principais são boas e bem sinalizadas, mas os italianos têm fama (e razão) de dirigir como loucos, especialmente nas cidades. O trânsito pode ser intenso e as ruas estreitas, então prepare-se para muita adrenalina. Estacionar nas cidades é difícil e caro, então vale planejar onde deixar o carro e explorar a pé.
O aluguel sai em média por €30 por dia, mas é essencial contratar o seguro total, que custa cerca de mais €30 por dia. O seguro é investimento obrigatório para evitar dor de cabeça.
O ferry de Reggio Calabria a Messina custa cerca de €40 para carro + passageiro, dura 20 minutos e sai a cada 20-30 minutos. É importante comprar o ingresso antes, através do site das empresas que fazem a travessia.
Além de dirigir com atenção máxima ao trânsito louco, evite entrar nas zonas de tráfego restrito (ZTL) das cidades para não levar multa. Planeje onde estacionar — o ideal é deixar o carro em estacionamentos pagos fora do centro e explorar a pé.
Sim, principalmente nas cidades turísticas e durante o verão (alta temporada). O estacionamento é caro e disputado, então planeje suas paradas e prefira usar estacionamentos pagos.
Primavera (abril a junho) e início do outono (setembro e outubro) são perfeitos para evitar multidões e o calor insuportável do verão.
Entre as mais famosas e acessíveis de carro estão a Scala dei Turchi (perto de Agrigento), Spiaggia di Macari (San Vito lo Capo) e Mondello (perto de Palermo).
Carteira de motorista válida (internacional se seu país exigir) e cartão de crédito para caução. Sempre cheque as regras da locadora.
Com certeza! É a melhor forma de conhecer praias incríveis, cidades históricas e a culinária local no seu ritmo, mesmo que tenha que lidar com o trânsito e as ruas estreitas.
