Acabei de conhecer e já estou encantada: Bioco Tradition! Vamos começar pelo começo (rs): até o fim do século XIX, as mulheres do Algarve (região no sul de Portugal), tinham o costume de usar uma capa preta, que cobria dos pés à cabeça, deixando de fora somente os olhos. Muito semelhantes às burcas mulçumanas, o bioco ou rebuço, era usado para as mulheres que queriam ter mais liberdade em uma época onde elas não podiam nem sair de casa à noite sem o marido do lado. Além de dar liberdade às mulheres, a peça também intrigava os homens, que se encantavam com aquelas figuras negras que andavam pelas ruas só com os olhos de fora. Mistério é tudo, né? rs
No final do século XIX, um governador (recalcado, certeza! rs) proibiu o uso da peça por achar que ela poderia ser usada como uma máscara para a prática de “libertinagem”. Mulheres poderiam usá-la para trair seus maridos e homens também usavam-a para cometer crimes e não serem pegos… O bioco ainda foi usado por mais algumas décadas, mas acabou esquecida nos museus e livros de história.
Até que Lurdes Silva viu estas peças em um museu e se encantou pela história delas. Assim nasceu a Bioco Tradition, uma marca que faz releituras modernas desta peça tão tradicional (e esquecida).
As capas da marca são mais curtas, feitas de lã e contam com um forro onde se pode ler a história da peça (em português e inglês). Golas e botões ganharam toques modernos e agora os biocos são feitos em outras cores, além do tradicional preto.
Para o verão, a Bioco Tradition se uniu ao artista Sen Silva e lançou um modelo feito de tecido leve e com estampa gráfica. Lembra um pouco os kimonos (que estão fazendo muito sucesso, assim como as capas). As peças custam entre €139 e €159.
Adorei a história e as peças, lindas e super charmosas. Desejei muito essa vermelha, não lembra Chapeuzinho Vermelho? Muito amor!
Nossa, amei a estampada e a vermelha tb! Queria!